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O governo de Donald Trump decidiu escalar a tensão na América Latina ao enviar três navios militares para a costa da Venezuela, ampliando o clima de ameaça contra o governo de Nicolás Maduro. De acordo com informações obtidas pela Reuters, os destróieres de mísseis guiados USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson devem chegar à região em até 36 horas, com apoio de submarinos de ataque e aviões espiões. A operação envolve cerca de 4 mil marinheiros e fuzileiros navais.
Trump justifica a movimentação dizendo que busca enfrentar “cartéis de drogas latino-americanos”, que ele classifica como organizações terroristas. Mas o pano de fundo é político: os Estados Unidos oferecem uma recompensa de US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 273 milhões) pela prisão de Maduro. Esse valor, que já foi de US$ 25 milhões sob o governo Biden, foi ampliado em 2025 como parte da pressão para desestabilizar Caracas.
Nos últimos meses, navios de guerra já haviam sido enviados para a região, com o pretexto de reforçar a segurança das fronteiras e combater o narcotráfico. Agora, a nova movimentação militar reforça a presença americana no Caribe, reacendendo memórias das políticas intervencionistas que tanto marcaram a história dos Estados Unidos no continente.
Em resposta, Maduro anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos para defender a soberania venezuelana. O presidente falou em armar o campo com “fuzis e mísseis” e prometeu ativar um plano especial de proteção nacional. O gesto busca mostrar resistência frente à tentativa de intimidação norte-americana.
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, classificou as acusações de Trump como “um filme de faroeste hollywoodiano”, deixando claro o tom de deboche contra o discurso bélico de Washington. Para os venezuelanos, a ofensiva de Trump não passa de mais um ato de intervenção, que ameaça a paz regional e repete a lógica imperialista dos Estados Unidos.
A escalada reforça a disputa geopolítica no continente, no momento em que países dos BRICS, como Brasil e China, defendem a soberania latino-americana e o diálogo como caminho para a estabilidade. A ofensiva de Trump expõe, mais uma vez, o desprezo da extrema direita pelo direito internacional e pela autodeterminação dos povos.
Com informações do DCM
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