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Integrantes do governo Lula acompanham com preocupação a escalada militar promovida pelos Estados Unidos no Caribe, diante do envio de navios de guerra para áreas próximas à Venezuela. A inquietação é natural: o país vizinho compartilha mais de 2 mil quilômetros de fronteira com o Brasil, o que pode trazer reflexos diretos para a nossa segurança nacional. Em Brasília, a leitura inicial é de que o alvo imediato de Washington é o governo de Nicolás Maduro, mas não se descarta que o conflito respingue em território brasileiro.
Até agora, não há reação formal do Itamaraty, mas a movimentação militar norte-americana é vista como um prenúncio de intervenção direta contra Caracas. Para agravar, os EUA colocaram a cabeça de Maduro a prêmio, oferecendo 50 milhões de dólares sob a acusação de narcotráfico — narrativa usada para justificar uma ofensiva que ameaça a estabilidade regional.
Maduro respondeu às ameaças anunciando a mobilização de 4,5 milhões de milicianos, denunciando o que chamou de “agressão” de Washington. O clima esquentou após a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmar que o presidente Donald Trump está pronto para usar “toda a força” contra o regime venezuelano. Para ela, Caracas seria um “cartel narcoterrorista”, e a guerra contra as drogas serviria de justificativa para uma ação militar.
A imprensa internacional noticia que a frota enviada pelos EUA inclui destróieres equipados com mísseis guiados, submarino nuclear, aeronaves de reconhecimento e até 4 mil fuzileiros e marinheiros, sob comando do Southcom. O deslocamento militar é de larga escala e deve durar meses, com operações em águas e espaço aéreo internacionais. Trata-se de um verdadeiro cerco que aumenta os riscos de conflito aberto.
Em Brasília, a expectativa é de que a operação não avance para áreas brasileiras, o que poderia gerar mais atritos diplomáticos com os EUA. Mas há temor de que a ofensiva, apresentada como combate ao narcotráfico, acabe funcionando como um pretexto para ampliar a presença militar americana no Hemisfério Ocidental. Um cenário perigoso, que ameaça não só a Venezuela, mas toda a América do Sul.
Trump tem usado o discurso da guerra contra os cartéis como bandeira política, vinculando o tema à repressão migratória e à militarização das fronteiras. O envio de destróieres para a região já havia sido testado na fronteira entre EUA e México, e agora se estende ao Caribe, reacendendo o fantasma de uma intervenção militar em plena vizinhança do Brasil.
Com informações do Brasil 247
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