926 visitas - Fonte: Plantão Brasil
A mais recente pesquisa Genial/Quaest mostra que o clã Bolsonaro sai enfraquecido do embate internacional provocado pelo tarifaço de 50% imposto por Donald Trump contra o Brasil. O levantamento revela que a atuação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem ampliado a rejeição popular e, paradoxalmente, fortaleceu a imagem do presidente Lula no episódio.
Segundo os dados, 69% dos brasileiros acreditam que Eduardo age apenas em defesa dos interesses da própria família nos Estados Unidos, e não em prol do país. Apenas 23% o veem como alguém que luta pelo Brasil. O resultado o coloca em desgaste político e o transforma em um aliado involuntário de Lula na disputa de narrativas.

Em julho, 66% dos entrevistados já haviam tomado conhecimento da carta de Trump a Lula, comunicando a taxação de produtos brasileiros. Em agosto, o índice saltou para 84%. Apesar da maior visibilidade, a rejeição à medida norte-americana permaneceu altíssima: 71% consideram que Trump está errado ao impor tarifas por acreditar em perseguição a Bolsonaro, contra apenas 21% que veem a decisão como correta.

O embate, longe de fortalecer o bolsonarismo, reforça a percepção de que a família atua sempre em benefício próprio, deixando o Brasil em segundo plano. Esse desgaste se reflete diretamente no campo político, com Eduardo Bolsonaro exposto como símbolo da submissão ao trumpismo.
Ao mesmo tempo, Lula sai fortalecido. A pesquisa aponta que sua aprovação subiu para 46%, enquanto a desaprovação caiu para 51% — a menor diferença desde janeiro de 2025. Analistas atribuem essa melhora tanto à queda nos preços de alimentos quanto à postura firme do presidente na defesa da soberania nacional diante do ataque tarifário de Trump.
O resultado confirma o contraste: enquanto Lula se posiciona como estadista na proteção dos interesses brasileiros, o bolsonarismo se revela cada vez mais isolado, fragilizado e refém de suas próprias contradições.
Com informações do DCM
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