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As importações chinesas de soja brasileira dispararam em julho, marcando um crescimento de 13,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 10,39 milhões de toneladas compradas do Brasil, o que corresponde a 89% de todas as importações de soja da China no mês. No mesmo período de 2024, o volume havia sido de 9,12 milhões de toneladas.
Enquanto isso, as compras de soja dos Estados Unidos despencaram 11,5%, caindo para 420 mil toneladas. A queda reflete a guerra comercial travada por Donald Trump contra a China, que continua gerando desconfiança e afasta compradores do produto norte-americano.
No total, as importações chinesas de soja em julho chegaram ao recorde histórico de 11,67 milhões de toneladas. Segundo especialistas, esse movimento foi impulsionado pela abundância da safra brasileira e pelas incertezas no comércio entre Washington e Pequim, fatores que levam a China a reforçar seus estoques.
Entre janeiro e julho, as compras da China junto ao Brasil somaram 42,26 milhões de toneladas, queda de 3% em relação ao ano passado. Já os embarques norte-americanos tiveram um aumento de 31,2%, alcançando 16,57 milhões de toneladas no mesmo período. Ainda assim, a ausência de pré-compras da nova safra dos EUA preocupa o setor, que teme bilhões em prejuízos caso o Brasil siga dominando o mercado.
A pressão é tão forte que até os próprios produtores de soja dos EUA escreveram a Trump, pedindo um acordo urgente com a China. Sem isso, os exportadores norte-americanos continuarão perdendo espaço justamente no auge da sua temporada de comercialização.
Outro detalhe é a Argentina, que também viu suas exportações crescerem: em julho, foram 561 mil toneladas enviadas para a China, um salto de 104,7% nas vendas acumuladas do ano. O avanço argentino, somado ao protagonismo brasileiro, escancara o isolamento comercial dos EUA — fruto direto da política belicista e desastrosa de Trump.
Com informações do DCM
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