Trump sabota cooperação militar, cancela conferência com Brasil e ataca laços históricos

Portal Plantão Brasil
20/8/2025 16:09

Trump sabota cooperação militar, cancela conferência com Brasil e ataca laços históricos

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Os Estados Unidos decidiram cancelar a Conferência Espacial das Américas de 2025, que seria realizada em Brasília em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB), e ainda indicaram que podem não participar da Operação Formosa, o maior exercício da Marinha do Brasil. As decisões foram recebidas como um sinal claro de afastamento de Washington e acenderam o alerta no Ministério da Defesa, que busca proteger a cooperação militar da crise político-diplomática instalada durante o governo de Donald Trump.

Segundo a FAB, a conferência, prevista para julho, foi suspensa unilateralmente pelos EUA. O evento, que no ano passado aconteceu em Miami, reúne países do continente para debater cooperação no setor espacial, incluindo áreas estratégicas como economia, telecomunicações, pesquisa e navegação. A ausência americana é interpretada como reflexo da escalada de tensões entre Trump e o governo Lula.

O presidente dos EUA acusa Lula e o Supremo Tribunal Federal de perseguirem Jair Bolsonaro, mesmo com as provas esmagadoras de sua participação na tentativa de golpe de Estado. Em mais uma demonstração de hostilidade, Trump impôs sanções contra ministros do STF, cassou vistos de autoridades brasileiras e ainda sobretaxou produtos nacionais em até 50%, bloqueando canais diplomáticos que historicamente mantinham Brasil e EUA próximos.

A crise também ameaça a Operação Formosa, que mobiliza cerca de 2.000 militares no Planalto Central e, há anos, conta com a presença de fuzileiros navais americanos. Desta vez, os EUA sequer responderam ao convite. Já a China, que participou pela primeira vez em 2023, também não enviará tropas neste ano. No governo, cresce a resistência a manter militares de um país que, ao mesmo tempo em que se diz aliado, sanciona o Brasil e age em defesa de Bolsonaro.

O cenário reforça a guinada estratégica do Brasil rumo ao fortalecimento da relação militar com a China. O governo Lula elevou a representação em Pequim, enviando um oficial-general para a adidância militar e ampliando exercícios conjuntos. Essa aproximação incomoda Washington, mas responde a uma lógica de soberania e diversificação de parcerias.

Apesar das tensões, oficiais brasileiros ponderam que não há ruptura definitiva com os EUA. Como exemplo, citam a recente participação de aviões cargueiros americanos no Exercício Conjunto Tápio, em Mato Grosso do Sul, além da Operação Core 2025, já confirmada para novembro, com foco em missões de paz. Ainda assim, o desgaste atual mostra que Trump tenta usar a diplomacia militar para pressionar o Brasil a recuar na responsabilização dos golpistas e na aproximação com a China — algo que Lula não pretende ceder.

Com informações da Fórum

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