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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou nesta quarta-feira (20) um alívio parcial nas tarifas impostas pelos Estados Unidos às exportações brasileiras que utilizam aço e alumínio. A medida, tomada pelo Departamento de Comércio norte-americano, enquadra esses produtos na Seção 232 do Ato de Expansão Comercial, reduzindo a desvantagem competitiva.
Em reunião na Câmara dos Deputados com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), Alckmin apresentou projetos estratégicos para o comércio exterior e revelou a decisão dos EUA, destacando que máquinas, equipamentos e motocicletas estão entre os setores mais beneficiados. Segundo ele, o impacto direto será sobre US$ 2,6 bilhões dos US$ 40 bilhões exportados anualmente ao mercado americano, equivalente a 6,4% do total.
Até então, aço e alumínio brasileiros estavam sendo taxados em 50% pelo tarifaço de Donald Trump, que justificou a medida como suposta defesa da “segurança nacional e da democracia americana”. Agora, produtos que contenham esses insumos pagarão a mesma tarifa cobrada de outros países, equilibrando a concorrência internacional.
Apesar do alívio anunciado, a sobretaxa de 40% — que elevou a alíquota total para 50% — continua atingindo setores essenciais da pauta exportadora do Brasil. Itens como café, carne bovina e frutas (açaí, uva e manga) estão entre os mais prejudicados. Segundo especialistas, o golpe pode comprometer seriamente a balança comercial agrícola e de proteína animal.
Ao mesmo tempo, alguns produtos estratégicos foram poupados da sobretaxa, entre eles aeronaves civis e peças, veículos de passageiros, smartphones, fertilizantes, petróleo, gás natural, suco de laranja, castanha-do-brasil, ouro, prata, alumina, ferroníquel, livros, filmes e obras de arte.
O governo brasileiro já sinalizou que prepara medidas para proteger os setores mais afetados pelo tarifaço. A prioridade será mitigar os prejuízos ao agronegócio e à exportação de proteína animal, ao mesmo tempo em que busca ampliar a competitividade da indústria nacional em mercados estratégicos.
Com informações doPlantão Brasil/X
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