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A Polícia Federal concluiu em relatório final que o ex-presidente Jair Bolsonaro desobedeceu deliberadamente a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinava a retirada de conteúdos falsos das redes sociais. Segundo as investigações, Bolsonaro coordenou pessoalmente o envio de pelo menos 300 vídeos com notícias falsas e ataques às instituições democráticas via WhatsApp.
O documento, que integra o inquérito sobre a organização criminosa bolsonarista, demonstra que o ex-presidente seguiu distribuindo material golpista mesmo após ser notificado judicialmente. "Fica comprovado o dolo e a intenção de desestabilizar a democracia", afirma trecho do relatório assinado pelo delegado responsável pela investigação.
As provas coletadas incluem mensagens trocadas entre Bolsonaro e seus assessores diretos, onde o ex-presidente orientava o envio em massa dos vídeos mesmo ciente da ilegalidade. "Eles querem nos calar, mas vamos inundar os grupos", disse Bolsonaro em uma das mensagens obtidas pela PF.
O relatório deve servir como base para novo pedido de prisão preventiva contra o ex-presidente, que já responde a múltiplos processos por crimes contra a democracia. Ministros do STF avaliam que as novas provas demonstram "padrão reiterado de desrespeito às instituições" por parte de Bolsonaro.
Procuradores destacam que a dimensão da operação de desinformação coordenada por Bolsonaro é inédita na história do país e equivale a um crime de sabotagem contra a ordem democrática. O caso deve ser julgado em breve pelo STF.
Com informações da CNN
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