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A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), deputada Gleisi Hoffmann, celebrou o legado do escritor Luis Fernando Verissimo, falecido neste sábado (30), destacando seu papel fundamental na resistência democrática durante a ditadura militar. Em nota emocionada, Gleisi afirmou que Verissimo "ajudou o país a resistir aos tempos sombrios da ditadura e a refletir sobre os caminhos da sociedade com humor inteligente e ironia afiada".
"Verissimo foi um farol de lucidez nos anos de chumbo. Através de suas crônicas e textos, ele nos mostrou que o humor pode ser uma arma poderosa contra a opressão e o autoritarismo", declarou a líder petista. Gleisi ressaltou que a obra do escritor transcendia o entretenimento: "Era literatura de resistência, que desmontava as absurdidades do regime com elegância e perspicácia".
A deputada lembrou que a influência de Verissimo se estendeu além do período ditatorial, continuando a iluminar as lutas democráticas contemporâneas. "Sua crítica sagaz permanece atual, nos ajudando a compreender e combater os novos autoritarismos que ameaçam nossa democracia", afirmou, em referência indireta aos ataques bolsonaristas às instituições.
Gleisi destacou ainda que Verissimo formou gerações de brasileiros que aprenderam a pensar criticamente através de sua prosa acessível e profunda. "Ele demonstrou que a cultura é terreno essencial da luta política, e que a palavra bem-humorada pode ser tão revolucionária quanto um discurso inflamado", concluiu a presidenta do PT, anunciando que o partido prepara homenagens ao escritor em todo o país.
O legado de Verissimo foi saudado por lideranças de todo o espectro político progressista, que reconhecem em sua obra um instrumento de educação política e resistência democrática que continuará a inspirar as novas gerações.
Luis Fernando Veríssimo foi um dos mais brilhantes e queridos escritores brasileiros. Com humor fino e sempre lúcido, nos ajudou a resistir aos tempos sombrios da ditadura e a refletir sobre os caminhos da sociedade e da política no país. Fará muita falta. Solidariedade à família…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) August 30, 2025