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O grupo de WhatsApp dos moradores do condomínio Solar de Brasília, onde Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar, ficou em ebulição na última quinta-feira (11), dia em que o STF formou maioria pela condenação do ex-presidente na trama golpista. Entre mensagens irônicas e clima de confraternização, a reação expôs como até os vizinhos de Bolsonaro já tratam sua queda como evento histórico.
Alguns moradores entraram em tom de festa: “Por falar em churrasco, alguém indica um de confiança?”, provocou um. Outro comparou o julgamento à Copa do Mundo. Houve ainda quem antecipasse a comemoração: “Já comprei a cerveja e a picanha.” As mensagens circularam antes mesmo do voto da ministra Cármen Lúcia, que consolidou a maioria pela condenação de Bolsonaro por cinco crimes.
Nem todos, porém, compartilharam da celebração. Alguns defenderam o ex-presidente, chamando-o de “bom vizinho” e até “bom presidente”, mencionando sua rotina de caminhadas e idas à padaria. Um morador também ironizou o presidente Lula com a palavra “descondenado”, repetindo a narrativa bolsonarista.
Houve quem destacasse o aumento da presença policial no local. “Aqui já era seguro, agora é o lugar mais seguro de Brasília”, comentou um vizinho, referindo-se ao esquema reforçado de segurança em torno da residência do condenado.
No mesmo dia, Bolsonaro apareceu na garagem de casa ao lado da esposa Michelle e da filha mais nova, Laura. Sorridente, acenou para fotógrafos, tentando passar normalidade. Segundo aliados, ele assistiu às sessões do julgamento apenas com Michelle, sem a presença dos filhos.
O ex-capitão, entretanto, teria recebido com alívio o voto divergente do ministro Luiz Fux, que o absolveu de todos os crimes. Para o núcleo bolsonarista, essa posição isolada deve ser explorada como argumento de que o julgamento não foi unânime — uma tentativa frágil de transformar derrota em narrativa de resistência.
Com informações do DCM
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