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O Itamaraty tem monitorado com atenção, mas sem alarmismo, as declarações ameaçadoras do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e de seu secretário de Estado, Marco Rubio, que prometem retaliar o Brasil após a condenação de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. A chancelaria brasileira não demonstra ansiedade diante da possibilidade de novas sanções. "Não é motivo de ansiedade. O Brasil fez a coisa certa. Vamos ter que lidar com o que vier", afirmou um embaixador brasileiro envolvido nas negociações, em linha com a postura oficial de que as instituições democráticas deram a resposta necessária ao golpismo.
Internamente, os diplomatas avaliam que as comparações entre a invasão do Capitólio em 2021 e os ataques de 8 de janeiro de 2023 são simplistas, pois o contexto histórico brasileiro de intervenções militares torna o problema mais profundo. A visão do Itamaraty é que a Constituição de 1988 criou anticorpos contra rupturas, com um Judiciário forte e limites claros ao Executivo, diferenciando o caso brasileiro do norte-americano.
Enquanto isso, os canais de diálogo de alto nível com Washington permanecem congelados. Os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Fernando Haddad (Fazenda) não retomaram os contatos com seus homólogos norte-americanos. A possibilidade de um telefonema do presidente Lula para Trump é vista com cautela, para evitar um constrangimento similar ao vivido pelo líder ucraniano Zelensky. Apesar da tensão, o Itamaraty entende que questões práticas, como o tarifaço sobre exportações brasileiras, podem ser tratadas em nível ministerial, sem necessidade de uma interação presidencial direta.
Com informações do UOL
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