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O dólar encerrou a sexta-feira em forte queda, marcando sua terceira sessão consecutiva no negativo e atingindo o menor valor em 15 meses, fechando a R$ 5,3537. A moeda americana acumulou uma desvalorização de 1,11% na semana e de 13,36% no ano, impulsionada pela expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) dos EUA nos próximos meses e pela manutenção da taxa Selic em 15% no Brasil, o que fortalece o real.
Apesar de apresentar alta no exterior, o dólar encontrou no Brasil um cenário desfavorável. Profissionais do mercado ouvidos pela Reuters avaliaram que a perspectiva de juros menores nos EUa e ainda elevados no Brasil justifica a trajetória de baixa, com modelos indicando uma possível queda em direção à região de R$ 5,30. Exportadores já observam um claro aumento do risco de a moeda norte-americana continuar se desvalorizando.
O único fator de contenção para uma queda mais acentuada, segundo analistas, é a incerteza sobre possíveis retaliações do governo de Donald Trump após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que o país "responderá adequadamente a essa caça às bruxas", mas a ausência de anúncios concretos nesta sexta-feira deu à moeda caminho livre para renovar as mínimas. O Banco Central realizou operações de venda de dólar e swap cambial para rolagem de contratos, auxiliando no ajuste do mercado.
Com informações da Reuters
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