15/9/2025 13:11

Senador dos EUA diz que Brasil deu exemplo ao mundo ao mandar Bolsonaro para a prisão

1259 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O senador democrata Ed Markey, de Massachusetts, reagiu à condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão e aproveitou para comparar a postura do Brasil com a crise democrática nos Estados Unidos. Em publicação no X, ele declarou: “O Brasil está enviando seu negacionista eleitoral à prisão por 27 anos. Nós enviamos o nosso de volta à Casa Branca. O Brasil já viveu sob uma ditadura militar e percebeu claramente a ameaça. Nós falhamos em proteger nossa democracia. Precisamos aprender com o Brasil antes que seja tarde demais”.

A mensagem foi acompanhada de um ensaio do New York Times assinado por Filipe Campante e Steven Levitsky, autor de “Como as Democracias Morrem”. No texto, os acadêmicos ressaltam a decisão histórica do Supremo Tribunal Federal, que condenou Bolsonaro por conspirar contra a democracia e tentar um golpe após a derrota de 2022. Eles lembram que o ex-presidente se torna o primeiro líder golpista da história brasileira a cumprir pena na prisão, salvo algum recurso improvável.

Brazil is sending its election denier to prison for 27 years. We sent ours back to the White House. Brazil already lived under military dictatorship and saw the threat clearly. We failed to protect our democracy. We need to learn from Brazil before it’s too late. pic.twitter.com/0APO5vdPVm

— Ed Markey (@SenMarkey) September 12, 2025

O artigo contrasta a firmeza do Brasil com a complacência dos EUA, onde Donald Trump, mesmo após tentar reverter o resultado eleitoral, voltou à Casa Branca em vez de enfrentar punições. O republicano, ciente desse contraste, chamou a condenação de Bolsonaro de “caça às bruxas” e a classificou como “uma coisa terrível”.

Os autores destacam que, ao contrário dos EUA, as instituições brasileiras agiram de forma vigorosa e eficaz, responsabilizando um ex-presidente por atentar contra a democracia. Essa firmeza teria colocado o país no radar da administração Trump, que se alinhou ao bolsonarismo. Sem alternativas no Brasil, Bolsonaro buscou apoio externo, e seu filho Eduardo atuou diretamente na Casa Branca em favor do pai. Trump, que se identificou com a situação, acabou abraçando a narrativa vitimista do aliado brasileiro.

A repercussão internacional da condenação de Bolsonaro reforça como o julgamento no STF consolidou o Brasil como exemplo de resistência democrática, enquanto nos Estados Unidos a extrema direita segue explorando brechas institucionais para minar o sistema.

Com informações do DCM



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