841 visitas - Fonte: Plantão Brasil
A promiscuidade entre a alta cúpula do Banco Central de Roberto Campos Neto, o "superministro" de Bolsonaro, Paulo Guedes, e o sistema financeiro ganhou um novo capítulo escandaloso. Renato Gomes, diretor do BC e pupilo de Campos Neto, é apontado como o arquiteto de manobras "a jato" que entregaram cerca de R$ 11 bilhões ao BTG Pactual, de André Esteves. Enquanto a mídia liberal e colunistas d’O Globo, como Malu Gaspar e Lauro Jardim, tentam transformar Gomes em "herói", os bastidores revelam uma operação para ressuscitar "cadáveres bancários" em benefício do criador do banco ligado a Guedes.
O esquema envolve as massas falidas dos bancos Econômico e Nacional, zumbis financeiros que assombravam o Tesouro desde a era FHC. Com Bolsonaro e Guedes no poder, André Esteves adquiriu esses CNPJs repletos de dívidas por valores irrisórios. O "milagre" da multiplicação veio da caneta de Renato Gomes: em decisões recordes — três meses para o Econômico e menos de um mês para o Nacional —, o diretor do BC limpou os passivos e permitiu que o BTG extraísse bilhões em créditos fiscais e títulos federais com pagamento garantido pela União.
A blindagem midiática a André Esteves não é por acaso. O clã Marinho e os setores lavajatistas da imprensa, que agora atacam o STF e o ministro Alexandre de Moraes, parecem determinados a proteger o dono do BTG na guerra contra o Banco Master. A estratégia é clara: atacar diretores do BC ligados ao governo Lula, como Aquino — o primeiro negro na direção da instituição —, enquanto transformam operadores do bolsonarismo em paladinos da moralidade para esconder o dreno de recursos públicos para o bolso da elite financeira.
No caso do Banco Econômico, o BTG sanou R$ 1 bilhão em dívidas para levar, em troca, R$ 3,15 bilhões em prejuízos fiscais para abater impostos e outros R$ 6,9 bilhões em créditos contra a União. Já no Banco Nacional, a operação custou R$ 2,7 bilhões, mas rendeu um pacote de R$ 6,1 bilhões em ativos. Toda essa generosidade administrativa ocorreu sob as bênçãos de Campos Neto, evidenciando como o Banco Central "independente" serviu, na verdade, para aprofundar a dependência do Estado em relação aos interesses de banqueiros amigos do regime anterior.
Essas manobras confirmam que o tal "jornalismo investigativo" da grande mídia ignora as digitais de Paulo Guedes e Bolsonaro quando o lucro é para a Faria Lima. A rapidez com que o BC de Campos Neto resolveu problemas de décadas para o BTG Pactual contrasta com a resistência em colaborar com investigações que miram as entranhas do sistema financeiro. O povo brasileiro paga a conta da "ressurreição" desses bancos, enquanto os verdadeiros beneficiários desfilam como exemplos de eficiência em colunas sociais e econômicas.
O escândalo do Banco Master e a guerra entre Vorcaro e Esteves apenas retiram o véu de um sistema desenhado para perpetuar privilégios. A tentativa de setores do BC e da imprensa de pautar o STF por meio de vazamentos seletivos é o último esforço de uma casta que não aceita perder o controle sobre o Tesouro Nacional. O Brasil exige transparência sobre esses R$ 11 bilhões entregues de bandeja, expondo a face real da "liberdade econômica" pregada pelo bolsonarismo: lucro máximo para os amigos e prejuízo bilionário para a nação.
Com informações da Fórum
Plantão Brasil foi criado e idealizado por THIAGO DOS REIS. Apoie-nos (e contacte-nos) via PIX: apoie@plantaobrasil.net
Follow @ThiagoResiste
APOIE O PLANTÃO BRASIL - Clique aqui!
Se você quer ajudar na luta contra Bolsonaro e a direita fascista, inscreva-se no canal do Plantão Brasil no YouTube.