1203 visitas - Fonte: Conversa Afiada
Lucas Ferraz, da Folha (*), achou na Universidade do Texas uma entrevista inédita de Jango a John W. Foster Dulles, historiador de Vargas e Lacerda.
Jango disse:
- O Golpe foi resultado de um envenenamento da opinião pública: o PiG conseguiu criar na opinião pública uma confusão entre “justiça social”, que ele queria, com “comunismo”, que ele não queria.
- “Meu maior crime foi combater a ignorância”;
- Os Estados Unidos falam muito em democracia mas deveriam permitir a democracia;
- “Eram reformas (de base, descritas pelo professor Bercovici – PHA) a favor da independência, do desenvolvimento, do bem-estar e da justiça social.”
- “Excesso de liberdade é ruim, mas o excesso de oposição também é ruim”.
Nesse ponto, é possível que Jango se referisse ao que o professor Wanderley Guilherme, em “Jango, o Golpe e erros históricos”, chama de bravatas retóricas da esquerda”.
Como se percebe, Jango não seria mais refém de uma quimera que persegue os trabalhistas (menos o Brizola): de que é possível manter uma relação profissional e equilibrada com o PiG.
Jango percebeu o que hoje se manifesta nesse nexo poderoso: o PiG impresso com cada vez menos leitores pauta a Globo, com cada vez com menos espectadores, que pauta o Congresso, com cada vez menos representatividade.
Nesse sistema de realimentação de correntes cada vez mais frágeis se constrói o envenenamento.
Jango tentou criar uma Ley de Medios, com os vetos que apôs à Lei do Código Brasileiro de Telecomunicação.
Perdeu.
A Bancada do PiG derrubou todos os vetos.
É o Código que está aí, até hoje, intocado, para a alegria dos tesoureiros da Globo – que cada vez lucra menos, por sinal.
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