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Governador do Paraná vive uma crise intensa em seu governo: é acusado de usar R$ 2 milhões em propina em sua campanha à reeleição, de lançar o Estado em uma grave situação financeira e se tornou alvo de críticas após comandar uma pancadaria da PM contra professores; para ele, porém, é tudo culpa do PT, que faz "jogo político" para "desviar o foco" das denúncias que pairam sobre o governo da presidente Dilma Rousseff; "Não tenho dúvida. Isso me leva a crer que é um movimento político, sim, para desvio de foco de todos os escândalos que temos visto, diariamente, pela imprensa, o desgaste nacional do PT. Eles querem um contraponto a isso, para desviar o foco de tudo o que está acontecendo no país", disse Beto Richa (PSDB); ele acusou hoje o ex-presidente Lula e o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), de fazer "proselitismo" com a greve dos professores paranaenses
Paraná 247 - O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), vem sendo pressionado em seu segundo mandato, com a acusação de ter lançado o Estado em uma grave crise financeira, de ser o responsável pela pancadaria promovida pela Polícia Militar que deixou mais de 200 professores feridos no dia 29 de abril e de ter usado R$ 2 milhões oriundos de propina da Receita Estadual em sua campanha à reeleição. Mas para ele, tudo não passa de "jogo político" do PT.
"Não tenho dúvida. Isso me leva a crer que é um movimento político, sim, para desvio de foco de todos os escândalos que temos visto, diariamente, pela imprensa, o desgaste nacional do PT. Eles querem um contraponto a isso, para desviar o foco de tudo o que está acontecendo no país", disse ao portal Congresso em Foco.
Richa, que possui uma rejeição de 76% ao seu governo, um dos maiores índices de reprovação do País, também culpou o PT pela greve dos professores estaduais. "O sindicato, que é um braço sindical do PT, divulgou para os servidores públicos, de forma maldosa e irresponsável, que o projeto que estava em votação – que gerou aquela polêmica, aquela manifestação em frente à Assembleia Legislativa – iria acabar com a aposentadoria de todos os servidores. Isso é uma mentira deslavada, uma falácia", disparou.
"Isso gerou uma fúria muito grande dos servidores, que foram mal informados pelo sindicato, com o desejo político de me causar desgaste", completou. Na ocasião, os servidores estaduais protestaram contra mudanças no fundo de previdência estadual, além de cobrar melhores salários e condições de trabalho. A fim de impedir que entrassem na Assembleia Legislativa, onde era votado o projeto do Executivo, a polícia reprimiu com violência a manifestação, que resultou em centenas de feridos.
Os excessos provocaram reação imediata por parte da sociedade civil e do mundo político. O PSOL, por exemplo, entrou com uma representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) responsabilizando pessoalmente o governador nas esferas cível, penal e administrativa. O deputado estadual Requião Filho (PMDB) anunciou que iria representar contra Richa por sua cassação. Já o PSDB, partido do governador, ainda não se pronunciou sobre o episódio.
O governador diz, ainda, que tem recebido apoio do partido para enfrentar a crise atual. "Tenho recebido apoio não só do PSDB nacional, mas de muitos políticos renomados e decentes deste país, que estão vendo o que está acontecendo no Paraná. Nitidamente, é um jogo político para desviar o foco, para me causar desgaste político no Paraná. Mas isso já começa a se desfazer, e vamos reverter esse quadro com muito trabalho, como nós gostamos e sabemos fazer, pontuou.
Apesar da crise instalada, ele diz que não existe razão para o descontentamento dos servidores. "A greve continua, lamentavelmente. Sem objeto, sem o menor fundamento. Mesmo porque acredito que sou o governador que concedeu, nos últimos quatro anos, o maior aumento do Brasil – não sei outro estado deu aumento maior: 60% é o maior aumento da história do Paraná. Cerca de 32% de ganho real acima da inflação. Ampliamos em 75% [o pagamento] da hora-atividade", disse.
Nesta quarta-feira 20, em Brasília, Richa acusou o ex-presidente Lula e o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), de fazer "proselitismo" com a greve dos professores paranaenses. Pimentel criticou os "espetáculos lamentáveis" ocorridos contra professores no Paraná quando fechou um acordo com os docentes mineiros para o pagamento do piso nacional da Educação até 2017. Na última segunda-feira 18, Lula elogiou o governador petista e criticou Richa.
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