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“É a terceira ou quarta vez que isso ocorre. Aqui existe um grande acordo para não votar e para excluir. É evidente que tem uma blindagem escancarada” — disse o deputado Ivan Valente.
Pessoas relacionadas com as “suspeitas de envolvimento” do presidente da Câmara Eduardo Cunha no escândalo da Petrobras ficaram fora da pauta de convocações na reunião de hoje.
Hugo Motta (PMDB-PB), presidente da comissão, deixou de fora da pauta os requerimentos e disse que eles seriam votados após a apreciação dos demais.
O próprio Eduardo Cunha abriu as deliberações no plenário da Câmara e a comissão não pode analisar se chamava pessoas envolvidas nas denúncias contra ele.
Os requerimentos que ficaram de fora pautavem a convocação do policial Jaime de Oliveira Filho, conhecido como Careca, da prefeita de Rio Bonito, Solange Almeida (PMDB), e do consultor da Mitsui e da Toyo, Júlio Camargo, um dos delatores da Lava-Jato.
Jaime afirmou em um primeiro depoimento à Polícia Federal ter entregue dinheiro em uma casa na Barra da Tijuca que teria Cunha como destinatário. Depois, mudou a versão.
Solange apresentou um requerimento quando era deputada pedindo todas as informações de contratos da Petrobras tendo Camargo como intermediário. De acordo com Alberto Youssef, o pedido foi apresentado a mando de Cunha com o objetivo de chantagear Camargo devido a atraso no pagamento de propina.
Hugo Motta afirmou que eles “poderão” ser chamados futuramente.
A manobra para evitar a votação ficou evidente devido à movimentação de Cunha no plenário. Ele abriu a ordem do dia para iniciar as votações no plenário antes que a CPI tivesse aprovado outros 140 requerimentos que estavam na pauta .
Avisado (sobre a votação na qual seu nome estaria envolvido), suspendeu a sessão por alguns minutos com a justificativa que precisa avançar com os líderes nas discussões sobre a reforma política.
Retornou os trabalhos do plenário antes que os requerimentos que lhe implicavam fosse a voto, impedindo, na prática, que a CPI decidisse sobre o tema.
O deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), chegou a definir como “vergonhoso” a comissão deixar de fora esta parte da investigação. O deputado Ivan Valente (SP), autor dos requerimentos, protestou.
— É a terceira ou quarta vez que isso ocorre. Aqui existe um grande acordo para não votar e para excluir. É evidente que tem uma blindagem escancarada — disse Valente.
A mesma comissão que deixou de fora os personagens que tratam das denúncias contra Cunha aprovou requerimentos de convocação e de quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico de familiares de Youssef, que acusa Cunha de ter feito chantagem. Estes requerimentos foram apresentados por Celso Pansera (PMDB-RJ), aliado de Cunha.
(as informações são do portal OGlobo)
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