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Outro lado da Notícia-
Nem Venezuela nem Cuba, como apontam críticas e saudosistas da Guerra Fria. São os Estados Unidos o país que mais concentrou os financiamentos à exportação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A informação foi lembrada pelo presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, ao rebater as críticas à politica do banco de financiar a exportação de serviços de empresas brasileiras.
Na modalidade de desembolso pós-embarque, as vendas aos Estados Unidos somaram, desde 1999, US$ 11,9 bilhões. Cuba ficou com modestos US$ 863 milhões; Venezuela, com US$ 2 bilhões; e Argentina, com US$ 3,4 bilhões.
Criada há 70 anos, a Odebrecht participou da implantação de 23 linhas de metrô e trens suburbanos fora do Brasil. Ano passado, ela foi a segunda maior construtora do mundo, no segmento de transporte de massa e ferrovias, pelo ranking da revista Engineering News Record (ENR). Tal presença é alvo da cobiça de concorrentes norte-americanas e européias, o que explica as críticas à política do BNDES mais do que um clamor por transparência. O presidente da empreiteira destacou que, para os US$ 8 bilhões emprestados pelo BNDES, a Odebrecht gerou US$ 20 bilhões (cerca de R$ 60 bilhões) para o país.
Na América Latina, a empreiteira integra, junto com a espanhola FCC, o consórcio que acaba de vencer a concessão do projeto de construção da segunda fase do metrô do Panamá. A obra terá 21 km de extensão e 16 estações. A previsão é que o novo circuito beneficie cerca de 500 mil pessoas. O mesmo consórcio já constrói a primeira fase do metrô, que conecta as regiões Sul e Norte da capital do país, com 15,8 km de extensão e 14 estações. A Odebrecht também construiu as linhas 3 e 4 do metrô de Caracas, com 5,9 km e 5,8 km de extensão, respectivamente. Atualmente, é responsável pelas obras da linha 5, com 13,5 km de extensão e dez estações.
Já o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a instituição a fornecer ao Tribunal de Contas da União (TCU) dados sobre suas operações que estariam sujeitos ao sigilo bancário: “Tínhamos algumas dúvidas sobre a segurança (dos dados), mas elas foram sanadas e vamos trabalhar com o TCU. Não resta nenhuma dificuldade”, disse Coutinho, durante seminário em São Paulo.
Segundo Coutinho, com a decisão, o BNDES se tornou “a instituição mais transparente do mundo” entre seus pares, acrescentando que a política do banco é anterior à atual cobrança: “Fizemos tudo na fronteira do cuidado, para não expor segredo comercial, estratégia de negócio do cliente. Isso é matéria do sigilo bancário que precisa ser preservado. Temos um grau de transparência absolutamente inédito”, destacou o presidente do BNDES.
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