9/11/2023 10:11

Governo bolsonarista de Santa Catarina censura e bane livros de escolas

1708 visitas - Fonte: Plantão Brasil

A Secretaria de Educação de Santa Catarina, liderada pela gestão do governador bolsonarista Jorginho Mello (PL), tomou uma decisão controversa ao emitir um ofício que ordena a remoção de nove títulos literários das bibliotecas escolares, informou o Globo. O documento, que carece de justificativa plausível, foi assinado por figuras de autoridade educacional e impõe que os livros sejam guardados longe do alcance dos estudantes.

Entre as obras censuradas estão importantes representantes da literatura, como "It: A Coisa", de Stephen King, e "Laranja Mecânica", de Anthony Burgess, além de outros títulos que abordam temas complexos e humanos. A medida foi recebida sem explicações claras, deixando um vácuo de entendimento e um rastro de indignação.

O partido PSOL de Santa Catarina, atento à gravidade da situação, acionou o Ministério Público, apontando a ação como um ato de censura e um reflexo da postura antidemocrática e autoritária do governo de Jorginho Mello. A ausência de diálogo por parte do governo estadual levou o partido a considerar ações judiciais para proteger a liberdade literária e o acesso à cultura.

Este episódio se insere em um contexto mais amplo de ataques à cultura e à educação, onde líderes conservadores e de extrema direita têm se posicionado contra a diversidade de pensamento expressa em obras literárias, numa clara tentativa de impor uma única visão de mundo.

A censura de livros não é um fenômeno isolado e tem sido observada internacionalmente, ganhando força nos Estados Unidos após a eleição de Donald Trump. Relatórios da American Library Association (ALA) mostram um aumento alarmante nos pedidos de banimento de livros, muitos dos quais abordam temas LGBT+ ou raciais, evidenciando uma tendência preocupante de repressão cultural.

A atitude da Secretaria de Educação de Santa Catarina é um retrocesso e um ataque direto à liberdade de expressão, à educação e à formação crítica dos jovens. É um reflexo de uma política que teme a literatura como ferramenta de reflexão e crescimento, e que deve ser combatida com veemência por todos que valorizam a democracia e a diversidade.

*Com informações de O Globo

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