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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou na China com o objetivo claro de garantir novos investimentos para o Brasil, especialmente em projetos de infraestrutura do Novo PAC, e reforçar a venda de aviões da Embraer ao mercado asiático. Em encontro com o presidente Xi Jinping, Lula avança na consolidação de uma política externa soberana, voltada à multipolaridade e à integração estratégica do Sul Global.
A visita busca alinhar o Novo PAC à Nova Rota da Seda, iniciativa chinesa voltada à integração global de infraestrutura e logística. Sem abrir mão da autonomia brasileira, o governo de Lula quer aproveitar a sinergia entre os programas para atrair investimentos de até US$ 50 bilhões, em especial para os 14 leilões de rodovias previstos até 2026. Empresas chinesas já manifestaram interesse em atuar em parceria com companhias brasileiras na construção de corredores bioceânicos e obras logísticas.
Lula e Xi devem assinar 16 protocolos e discutir outros 32 acordos em setores estratégicos como energia, saúde, conectividade digital, indústria naval, óleo e gás. O Brasil também busca fechar a venda de até 20 aeronaves da Embraer, além de reforçar parcerias com gigantes como Vale, BYD, Eurofarma, BRF e Weg. A missão presidencial é acompanhada por ministros de peso e governadores que destacam a pujança do novo modelo de desenvolvimento nacional.
Durante a visita, Lula reafirma o compromisso com uma política externa independente, sem submissão aos interesses das grandes potências ocidentais. A relação com a China se intensifica em um momento de esfriamento diplomático com os Estados Unidos, sobretudo diante da postura hostil do ex-presidente Donald Trump. “Não queremos ser quintal de ninguém”, afirmou Lula em viagem recente à Rússia — sinalizando que o Brasil escolhe seus parceiros com base em soberania e interesse nacional.
A agenda de Lula também inclui participação no Fórum China-Celac, que celebra os 10 anos do mecanismo de cooperação entre a China e países latino-americanos e caribenhos. O evento contará com a presença de líderes progressistas como Xiomara Castro (Honduras), Gustavo Petro (Colômbia) e Yamandú Orsi (Uruguai), além da primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley.
No campo geopolítico, Lula e Xi trocarão impressões sobre as conversas que ambos mantêm com o presidente Vladimir Putin. Defensores de uma nova governança global mais democrática e multilateral, os dois líderes reafirmam o papel do Sul Global como protagonista na construção de uma ordem internacional menos desigual e mais cooperativa.
Com informações do O Estado de S. Paulo
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