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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ex-ministro de Jair Bolsonaro, endossou publicamente o ataque de Donald Trump à soberania brasileira. Em resposta ao post do presidente norte-americano na Truth Social — que chamou o processo contra Bolsonaro no STF de "terrível injustiça" —, Tarcísio afirmou que o ex-presidente deveria ser julgado "apenas pelo povo nas eleições". A declaração ignora que Bolsonaro é réu por liderar tentativa de golpe de Estado, com provas de planejamento de assassinato de autoridades e fraude eleitoral.
A defesa tarcisiana da imunidade política para aliados gerou reação imediata. João Amoêdo, ex-líder do partido Novo, ironizou a lógica seletiva: "Para Tarcísio, cidadão comum deve ser julgado pela Justiça. Político, pelo ’povo’". O comentário expõe o duplo padrão de setores bolsonaristas que, enquanto no poder, apoiavam condenações pelo STF de opositores como Lula, mas agora pregam exceções para seu líder.
A postura de Tarcísio reforça a estratégia da extrema-direita de deslegitimar instituições quando estas responsabilizam seus aliados. Enquanto Bolsonaro tem direitos políticos suspensos até 2030 e responde a múltiplas ações penais, seus apoiadores tentam transformar processos legais em "perseguição" — narrativa importada do manual trumpista de ataque à democracia. A reação de Amoêdo, ainda que tímida, revela fissuras na direita tradicional diante do radicalismo bolsonarista.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, entende que a lei não deve ser igual para todos.
— João Amoêdo (@joaodamoedo) July 7, 2025
Na sua avaliação, o cidadão deve ser julgado pela Justiça. Já o político, pelo “povo”. https://t.co/GPcapf7UGx