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A decisão de Donald Trump de impor tarifas de 50% ao Brasil ampliou o cerco jurídico contra Eduardo Bolsonaro, investigado por suposta obstrução da Justiça e conluio internacional. Ministros do STF, assessores e advogados afirmam que a medida reforça evidências de que o deputado licenciado atuou com autoridades estadunidenses para pressionar o Judiciário brasileiro e interferir em processos contra seu pai, Jair Bolsonaro. A Procuradoria-Geral da República (PGR), liderada por Paulo Gonet, já aponta crimes como coação, obstrução de investigação e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
O vínculo ficou explícito quando Eduardo divulgou uma carta coassinada com Paulo Figueiredo – réu no inquérito do 8 de janeiro – pedindo ao governo brasileiro que cedesse às pressões de Trump para evitar as tarifas. No texto, os dois citam "diálogos intensos com autoridades do governo Trump" e sugerem que o ministro Alexandre de Moraes poderá ser alvo de sanções pessoais dos EUA. Essa articulação foi tratada pelo STF como prova material: Moraes anexou ao processo um vídeo de Eduardo na rede social X onde ele repete narrativas de Trump que chamam o julgamento de Bolsonaro de "caça às bruxas" e acusam o Supremo de "censura".
A estratégia de chantagem ganhou contornos ainda mais graves na sexta-feira (11), quando Eduardo condicionou publicamente o fim das tarifas a uma "anistia ampla, geral e irrestrita" – exigência que expôs o núcleo do esquema: usar o poder econômico dos EUA como moeda de troca para livrar golpistas da cadeia. A Polícia Federal investiga como o deputado se sustenta nos Estados Unidos e se há financiamento do PL ou de grupos aliados a Trump nessas ações.
Embora a retórica de Trump não altere o mérito jurídico do processo contra Jair Bolsonaro – cujo julgamento na Primeira Turma do STF começará em setembro –, assessores do tribunal admitem que a interferência estrangeira pode levar os ministros a adotarem decisões mais duras contra os investigados. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, já articula com o Planalto e o Itamaraty uma resposta institucional à afronta, reafirmando que o Brasil não negociará sua soberania em troca de alívio comercial.
Com informações da Folha de S.Paulo
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