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O governo Trump abriu uma investigação comercial contra o Brasil após o Banco Central ter imposto limites ao WhatsApp Pay, serviço da empresa Meta, do bilionário Mark Zuckerberg. Segundo os norte-americanos, essas restrições seriam práticas desleais contra empresas dos EUA. Na realidade, o que está em jogo é o incômodo de Washington com a decisão soberana do Brasil de proteger seu sistema financeiro e fortalecer o Pix, inovação pública que desburocratizou os pagamentos e se tornou referência global.
A ofensiva usa a mesma ferramenta legal que os EUA aplicaram contra a China, a Seção 301 da Lei de Comércio de 1974. O representante comercial Jamieson Greer, nome ligado diretamente ao governo Trump, declarou abertamente que a investigação é uma resposta ao que chamou de "ataques do Brasil às redes sociais americanas", ignorando o fato de que o WhatsApp Pay foi bloqueado em 2020 por preocupações legítimas com a concorrência, a privacidade dos usuários e a estabilidade do sistema financeiro nacional.
O serviço da Meta foi lançado antes da estreia do Pix, e, em poucos dias, sofreu suspensão por parte do Banco Central e do Cade. A liberação só ocorreu de forma gradual: em novembro de 2020 com fortes restrições, em março de 2021 para transferências entre pessoas físicas, e só em março de 2023 para uso comercial. Ou seja, o Brasil agiu com cautela, buscando garantir equilíbrio entre inovação e segurança — algo que jamais preocupou os governos bolsonaristas, sempre submissos aos interesses das big techs.
Especialistas apontam que o bloqueio inicial ao WhatsApp Pay foi uma estratégia legítima de defesa do sistema nacional de pagamentos e permitiu o sucesso do Pix, lançado em tempo recorde em agosto de 2020. O sistema se popularizou rapidamente por ser gratuito, eficiente e controlado por uma instituição pública. A tentativa dos EUA de criminalizar essa política é mais um capítulo do imperialismo econômico que Trump tenta impor sobre países soberanos, com a ajuda de figuras nefastas como Bolsonaro.
O relatório da USTR critica diretamente o Brasil por “promover seus próprios serviços de pagamento eletrônico desenvolvidos pelo governo”, o que deixa claro o incômodo com a autonomia nacional. Também são alvo da investigação outras medidas que protegem o mercado brasileiro, como o combate à pirataria em centros comerciais populares e tarifas contra monopólios digitais.
Enquanto Trump e Bolsonaro tentam retomar práticas coloniais em favor de grandes corporações e bilionários, o governo Lula segue fortalecendo a soberania tecnológica e financeira do Brasil. O Pix é hoje motivo de orgulho e demonstra como o país pode inovar sem se ajoelhar a interesses estrangeiros.
Com informações do DCM
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