Energia puxa inflação oficial para cima; alimentos caem pelo 5º mês seguido

Portal Plantão Brasil
5/9/2014 09:28

Energia puxa inflação oficial para cima; alimentos caem pelo 5º mês seguido

Custo com trabalho doméstico também aumentou em agosto, segundo o IBGE. Variação em 12 meses vai a 6,51%

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410 visitas - Fonte: Rede Brasil Atual

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) variou 0,25% no mês passado, acima de julho (0,01%) e próximo do resultado de agosto de 2013 (0,24%), informou na manhã de hoje (5) o IBGE. O acumulado de 2014 foi a 4,02%, acima de igual período do ano passado (3,43%). Em 12 meses, o índice vai a 6,51%, pouco acima dos 12 meses imediatamente anteriores (6,50%).



Dois itens puxaram a alta no mês, segundo o instituto: empregado doméstico (1,26%) e energia elétrica (1,76%). Cada um foi responsável por 0,05 ponto percentual. No primeiro caso, a variação atingiu 3,02% na região metropolitana do Rio de Janeiro, 1,29% em São Paulo, 1,02% em Recife e 0,91% em Belo Horizonte.



No caso da energia, após reajustes de tarifas e tributos, o IBGE apurou variações de 24,48% em Belém, 9,88% em Vitória, 3,03% em São Paulo, 2,32% em Goiânia, 1,38% em Campo Grande e 1,32% em Brasília. "Nas demais regiões, as contas se apresentaram estáveis ou em queda", diz o instituto.



Com itens de peso no orçamento familiar, o grupo Alimentação e Bebidas variou -0,15% em agosto, mesmo resultado do mês anterior. Foi o quinto recuo seguido. De acordo com o IBGE, considerando apenas alimentos consumidos em casa, houve queda de 0,61%. "Os preços caíram em todas as regiões pesquisadas, indo de -0,03% no Rio de Janeiro a -1,46% em Curitiba", informa. Já o custo com alimentação fora de casa aumentou 0,71%, ante 0,52% em julho.



Dos alimentos que ficaram mais baratos, o IBGE destaca batata inglesa (-17,87%), tomate (-5,80%) e óleo de soja (-4,94%). Também caíram de preço o feijão carioca (-3,77%) e o feijão preto (-3,16%), açúcar refinado (-2,08%), manteiga (-1,43%), arroz (-1,07%), cebola (-0,55%) e café moído (-0,42%).



Em Habitação, grupo que teve a maior alta do mês (0,94%) como reflexo do maior custo com energia, a taxa de água e esgoto subiu 1,46%, com aumentos nas regiões metropolitanas do Rio (6,10%), Vitória (5,25%) e Fortaleza (2,03%). Em São Paulo, a alta de 3,24% já considera "a menor intensidade do efeito" do programa de incentivo à redução do consumo de água. No mesmo grupo, também aumentaram condomínio (1,35%), artigos de limpeza (1,31%), aluguel (0,66%) e mão de obra para pequenos reparos (0,66%).



A maior aceleração foi detectada no grupo Transporte, que passou de -0,98%, em julho, para 0,33%. As passagens áreas subiram 10,16%, após queda de 26,86% no mês anterior. A gasolina foi de -0,80% para 0,30% e os automóveis novos, de -0,29% para 0,22%. O preço do etanol caiu menos (de -1,55% para -0,07%).



De acordo com o IBGE, também aumentaram despesas com educação (de 0,04% para 0,43%) e comunicação (de -0,79% para 0,10%), enquanto diminuíram, de forma menos intensa, os custos com vestuário (de -0,24% para -0,15%). Em educação, se destacou o item cursos diversos (como informática e idiomas), que teve alta de 1,09%.



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