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Dois engenheiros que atestaram a estabilidade da barragem de Brumadinho (MG) e três funcionários da Vale responsáveis pelo local e seu licenciamento foram presos na manhã desta terça-feira (29), quatro dias após o rompimento que deixou dezenas de mortos e centenas de desaparecidos.
Os mandados de prisão temporária, expedidos pelo Juízo da Comarca de Brumadinho, têm validade de 30 dias.
Segundo o MP-MG (Ministério Público de Minas Gerais), os três funcionários da Vale, presos na região metropolitana de Belo Horizonte, estavam "diretamente envolvidos e responsáveis pelo empreendimento minerário e seu licenciamento". Em nota, a Vale disse que "está colaborando plenamente com as autoridades". "A Vale permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos, juntamente com o apoio incondicional às famílias atingidas".
Em São Paulo, foram presos os dois engenheiros terceirizados "que atestaram a estabilidade da barragem". Eles são Makoto Namba e André Yum Yassuda, que atuam para a empresa alemã Tüv Süd. Ela ainda não se pronunciou a respeito das prisões desta terça. Em nota na segunda-feira (28), a empresa afirmou que "está colaborando com as autoridades brasileiras" e que "vai providenciar às autoridades todos os documentos necessários".
O MP-MG pretende ouvir os cinco presos em sua sede na capital mineira.
A ação é realizada em conjunto por PF (Polícia Federal), MPF (Ministério Público Federal), as Promotorias mineira e paulista, e as Polícias Civil e Militar de Minas Gerais. O objetivo da ação é "apurar a responsabilidade criminal pelo rompimento de barragem".
Além das prisões, foram expedidos outros doze mandados de busca e apreensão, cumpridos em Minas Gerais e em São Paulo.
A Justiça Federal em Belo Horizonte determinou cinco ordens judiciais contra a sede da Vale em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, e uma empresa na capital paulista que "prestou serviços e projetos e consultoria na área de barragens" para a mineradora. Pessoas ligadas às empresas também estiveram na mira dos investigadores.
Já a Comarca de Brumadinho autorizou sete mandados de busca e apreensão na região metropolitana de Belo Horizonte e em São Paulo.
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