5021 visitas - Fonte: PlantãoBrasil
O Supremo Tribunal Federal está intensificando suas medidas de segurança em antecipação a um período crítico no início de setembro, quando ocorrerá simultaneamente o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e as tradicionais manifestações do Dia da Independência. A coincidência desses eventos acendeu o alerta no Judiciário, que tem sido alvo constante de ataques e ameaças por parte de apoiadores radicais do ex-presidente.
A tensão aumentou após o deputado Hélio Lopes, aliado de Bolsonaro, montar um protesto solitário em frente ao STF na última sexta-feira. Com um esparadrapo na boca - em clara tentativa de se vitimizar - o parlamentar foi retirado do local por determinação do ministro Alexandre de Moraes. No dia seguinte, o tribunal instalou grades metálicas em toda a Praça dos Três Poderes, restringindo o acesso de civis ao local. A medida demonstra a preocupação do STF com possíveis tentativas de intimidação ou mesmo atos violentos, como os que marcaram o trágico 8 de janeiro de 2023.
O esquema de segurança do Supremo já vinha sendo reforçado nos últimos anos, mas a proximidade do julgamento de Bolsonaro - acusado de articular um golpe após sua derrota eleitoral - exigirá medidas ainda mais rigorosas. O tribunal mantém contratos milionários com empresas de segurança privada e aprovou recentemente a criação de 200 novos cargos para proteger seus ministros e instalações. Tudo isso custeado com dinheiro público, em decorrência da escalada de tensão provocada pelos constantes ataques bolsonaristas às instituições democráticas.
Enquanto isso, aliados de Bolsonaro continuam a mobilizar seus seguidores para as ruos no 7 de setembro, transformando uma data cívica em palco para ataques ao Judiciário. A estratégia é clara: criar um clima de instabilidade e pressão política às vésperas de um julgamento crucial que pode definir o futuro do ex-presidente. O STF, no entanto, demonstra que não se deixará intimidar por essas táticas, mantendo sua postura firme em defesa do Estado Democrático de Direito.
A situação expõe mais uma vez o comportamento irresponsável de Bolsonaro e seus aliados, que insistem em minar as instituições democráticas quando estas não lhes são favoráveis. Enquanto o país tenta superar os traumas do passado recente, o ex-presidente e seu círculo próximo continuam a alimentar divisões e conflitos, custando caro à segurança pública e ao erário nacional.
Com informações do DCM
Plantão Brasil foi criado e idealizado por THIAGO DOS REIS. Apoie-nos (e contacte-nos) via PIX: apoie@plantaobrasil.net
Follow @ThiagoResiste
APOIE O PLANTÃO BRASIL - Clique aqui!
Se você quer ajudar na luta contra Bolsonaro e a direita fascista, inscreva-se no canal do Plantão Brasil no YouTube.