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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu com profunda indignação à megaoperação policial que transformou o Rio de Janeiro em um cenário de guerra e deixou mais de 100 mortos. De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente ficou “estarrecido” com a quantidade de vítimas e “surpreso” ao saber que a ação foi deflagrada sem qualquer comunicação prévia com o governo federal.
“Ele se mostrou surpreso que fosse desencadeada sem o conhecimento do governo federal, sem nenhuma possibilidade de o governo participar”, afirmou Lewandowski após reunião de emergência no Palácio da Alvorada, com a presença de oito ministros. A operação, realizada nos complexos do Alemão e da Penha, foi classificada pelo Planalto como uma ação “imprudente e eleitoreira” do governador bolsonarista Cláudio Castro (PL).
A avaliação do governo federal é de que Castro agiu de forma irresponsável e política, tentando usar o massacre como vitrine de “combate ao crime”. O movimento gerou forte desconforto no Executivo, sobretudo após o governador insinuar que teria tido pedidos de apoio negados — o que foi prontamente desmentido pelos ministérios da Justiça e da Defesa.
Lewandowski e a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, solicitaram uma reunião emergencial com Castro para exigir explicações sobre a chacina. O encontro, que deve ocorrer no Rio de Janeiro, pretende apurar as circunstâncias da operação, o número real de vítimas e a ausência de coordenação com o governo federal.
Enquanto o Planalto busca respostas, relatos de moradores descrevem cenas de horror: mais de 70 corpos foram levados à Praça São Lucas, na Penha, entre a noite de terça e a manhã desta quarta-feira (29). As estimativas apontam para mais de 100 mortos, configurando a operação mais letal da história do estado.
O Ministério da Justiça reforçou que todos os pedidos de apoio feitos por Castro foram atendidos, incluindo recursos e equipamentos. O Ministério da Defesa também confirmou ter autorizado o uso de estruturas das Forças Armadas. Lula, ainda em voo, foi informado do massacre e, ao desembarcar, convocou a reunião de emergência. Segundo auxiliares, o presidente ficou “profundamente abalado” com o episódio e exigiu uma resposta firme diante da tragédia.
Com informações do DCM
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