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Presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, ensina sobre a legalização da maconha, em entrevista à Agência Reuters: "num país pequeno é possível testar isto, mas também é muito possível num país desenvolvido, pelos recursos que tem"; ele diz que "os mercados centrais, de grande poder aquisitivo são, no fundo, o grande atrativo econômico (do tráfico)"; pai da regulamentação da marijuana no mundo, ele aponta para Estados Unidos e Europa como fundamentais para uma mudança de patamar; "Até que as coisas não mudem lá, vai ser muito difícil que mudem no restante"; mais de dez laboratórios farmacêuticos já procuraram o Uruguai para instalar projetos de desenvolvimentos medicinais a partir da planta
Quando se completam dois meses da regulamentação do plantio, comercialização e uso da maconha no país, o presidente José Pepe Mujica apontou para os Estados Unidos e a Europa, na qualidade de "grandes mercados centrais", como o eixo de maior "atrativo econômico" do tráfico internacional de drogas. "Até que as coisas não mudem lá, disse Mujica à Reuters, vai ser muito difícil que mudem no restante".
O ex-guerrilheiro elogiou, no entanto, as recentes mudanças nas legislações dos Estados americanos do Colorado, Califórnia e Washington, que efetuaram da completa legalização à suavização da criminalização.
- Se analisamos com objetividade o que está acontecendo em alguns Estados norte-americanos, nos damos conta que há uma certa evolução nesse sentido. É inegável", disse o presidente.
- As sociedades industriais são as que têm de mudar... A Europa também, acredito, tem de mudar", acrescentou Pepe Mujica.
Ele se mostrou muito satisfeito com o início da experiência reguladora no Uruguai, onde a lei, por iniciativa do governo, passou a ser a mais avançada, no sentido da legalidade do uso da planta, em todo o mundo.
- Nós tratamos de inventar um caminho, recolhendo algumas experiências, afirmou.
O Uruguai aprovou em dezembro uma lei que permite ao Estado regulamentar a produção e o comércio de maconha, em um novo enfoque para enfrentar o narcotráfico e a insegurança.
"Se analisamos com objetividade o que está acontecendo em alguns Estados norte-americanos, nos damos conta que há uma certa evolução nesse sentido. É inegável", disse o presidente.
"As sociedades industriais são as que têm de mudar... A Europa também, acredito, tem de mudar", acrescentou.
Mas apesar dos esforços que muitos países fazem, se os grandes consumidores de drogas ilícitas não adotarem uma mudança de estratégia será muito complicado obter avanços, disse o presidente
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