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A Polícia Federal e a Receita Federal ampliaram o alcance da que já é considerada a maior investigação da história do Brasil contra o crime organizado no Rio de Janeiro. O objetivo agora é atingir também as milícias, estruturas criminosas profundamente enraizadas no estado e historicamente protegidas por setores da política fluminense.
O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias, destacou que a ação das forças federais marca uma virada no combate à criminalidade e precisa ter caráter permanente. “Não adianta entrar só com a operação. Depois disso, tem que ser uma operação definitiva. Tem que tirar o tráfico e a milícia”, declarou.
Segundo Lindbergh, o foco do trabalho é desmontar os esquemas financeiros e atingir os verdadeiros chefes das facções. “Sabe o que vai acontecer no Rio? Quando eu falei que a esperteza demais come o dono, é porque aqui vai ter uma operação de investigação da história desse país, com PF e Receita Federal, e vão pegar tudo. Os cabeças do Comando Vermelho e da milícia não estão na favela, estão nos prédios de luxo”, reforçou o parlamentar.
A ampliação da investigação ocorre após a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou 121 mortos, incluindo quatro policiais. O episódio reacendeu o debate sobre a violência estatal e a omissão do governo Cláudio Castro (PL), que, ao comentar os resultados, evitou citar as milícias — grupos que controlam territórios, cobram taxas de moradores e atuam com proteção política e policial.
Lindbergh também criticou a postura autoritária de Castro ao receber o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator da ADPF que regula as operações em favelas, fora do Palácio Guanabara. “Que corajoso. Você se acha o rei da cocada preta, não é, Cláudio Castro? Vai tratar um ministro do Supremo desse jeito? Logo você?”, ironizou o petista.
Durante o encontro, o governador tentou justificar sua atitude dizendo que a reunião no Centro Integrado de Comando e Controle da PM simbolizava transparência. No entanto, suas declarações soaram como provocação política: “Ou soma conosco ou some”, disse Castro — a frase que, para muitos, evidencia a arrogância e o desprezo institucional de um governo que tenta se blindar enquanto o Rio afunda no caos.
Para o governo federal e parlamentares do campo progressista, a presença da PF e da Receita Federal na investigação é o primeiro passo para romper o pacto de impunidade que há décadas protege milicianos, empresários e políticos corruptos. O recado é claro: nenhum poder paralelo está acima da lei.
Com informações do Brasil 247
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