URGENTE: Dólar bate novo recorde e fecha a RS$ 5,70

Portal Plantão Brasil
6/5/2020 17:27

URGENTE: Dólar bate novo recorde e fecha a RS$ 5,70

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1981 visitas - Fonte: O Globo

Dólar fecha a R$ 5,70, novo recorde, com mercado à espera de decisão sobre juros e revisão da nota de crédito do Brasil

Copom anuncia decisão sobre a Selic no fim do pregão desta quarta. Na Bolsa, Ibovespa recua quase 0,5%

Gabriel Martins

06/05/2020 - 09:22 / Atualizado em 06/05/2020 - 17:06



RIO — O dólar comercial fechou em alta nesta quarta, com o mercado na expectativa da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre os juros no Brasil, e também monitorando a revisão da perspectiva da nota de crédito do Brasil pela agência Fitch. A moeda americana encerrou os negócios com alta de 1,96%, valendo R$ 5,703, maior valor de fechamento já registrado. Na Bolsa, o Ibovespa (índice de referência da B3) recua 0,3%, aos 79.228 pontos.



Após o fechamento dos mercados, por volta das 18h, o Copom vai divulgar sua decisão sobre o novo patamar da taxa Selic. A projeção do mercado é que seja feito um corte de 0,5 ponto percentual. Assim, os juros básicos cairiam de 3,75% para 3,25% ao ano, renovando seu piso histórico.





— Até ontem, o mercado projetava um corte de 0,75 ponto percentual. Mas com a revisão da nota de crédito pela Fitch, passou a estimar um corte de 0,5 ponto percentual. Eles avaliam que o BC tende a ser mais cauteloso para não gerar muita pressão sobre o câmbio — indica Eduardo Prado, sócio da RJ Investimentos.



A relação entre redução da Selic e alta do dólar se dá por conta da falta de atratividade na operação conhecida como carry trade. Neste sistema, investidores tomam empréstimos em países com juros baixos ou até negativos para investir em títulos públicos de nações com juros elevados, na busca por rentabilidade alta e risco baixo.



Com a provável redução da Selic no Brasil, existe um movimento de fuga de capital (dólar) do mercado local, porque os investidores avaliam que o patamar de juros não compensa o risco tomado.





Além disso, nesta terça a perspectiva para a nota de crédito soberano do Brasil foi revisada de estável para negativo pela agência de classificação de risco Fitch Ratings. As justificativas dadas para a mudança foram a deterioração do cenário econômico e fiscal do país e renovada incerteza política.



— A revisão da Fitch é um sinal de alerta sobre a dificuldade do Brasil em endereçar e tocar a agenda de reestruturação fiscal, o que deixa os investidores receosos — avalia Maurício Pedrosa, Áfira Investimentos. — E se os juros forem cortados, a relação entre risco e retorno no Brasil ficará menor ainda. O mercado não vê motivo para deixar recursos no país uma vez que o juros estão baixos e a incerteza elevada, fazendo o dólar subir.





Wall Street em alta



Os índices da Bolsa de Nova York operam em alta nesta quarta feira, à medida que o presidente Donald Trump tenta reabrir a economia do país. O Dow Jones sobe 0,08%. S&P 500 e Nasdaq têm ganhos de, respectivamente, 0,21% e 1,36%.



Na véspera, o republicano visitou uma fábrica de máscaras em Phoenix, no estado do Arizona, e pediu a reabertura da economia dos EUA.



"Não estou dizendo que tudo está perfeito. Algumas pessoas serão seriamente afetadas? Sim. Mas devemos reabrir nosso país e devemos fazer isso em breve", disse Trump.



O descasamento entre Nova York e São Paulo, na leitura dos analistas, tem relação com a agenda política doméstica. Nesta terça, a Câmara aprovou o projeto o projeto de socorro a estados e municípios com alterações. O Senado disse que não vai aprovar o texto modificado.



— O impasse sobre o socorro aos entes da federação e as categorias do funcionalismo que terão salários congelados pesa mais na Bolsa do que o rebaixamento da Fitch — diz Prado. — A tensão política faz com que o Brasil se descole dos movimentos de alívio no exterior.



As ações de mais peso no Ibovespa caem nesta sessão. As ações ordinárias (ON, com direito a voto) e preferenciais (PN, sem direito a voto) da Petrobras recuam, respectivamente, 3,21% e 2,62%. Os papéis também acompanham a cotação do petróleo.



O barril do tipo Brent é negociado com queda de 5,84% na Bolsa de Londres, a US$ 29,16.



O setor bancário, de maior peso no índice, também cai. Os papéis ON do Banco do Brasil recuam 2,66%. Bradesco e Itaú PN perdem, cada, 2,31% e 2,42%.



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