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A decisão da Argentina de não aderir ao BRICS, conforme anunciado pela candidata ao cargo de ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, pode ter implicações econômicas significativas para o país, especialmente no setor de energia. Esta análise foi apresentada por Andrei Lebedev, diretor de analítica da empresa KROS, em entrevista à Sputnik.
Lebedev destacou que a adesão ao BRICS poderia oferecer à Argentina novas oportunidades de financiamento, especialmente úteis no contexto de sua dívida externa e as obrigações com o FMI. Além disso, a entrada no bloco poderia atrair investimentos significativos, criar empregos e ajudar a estabilizar a moeda nacional.
O setor de energia argentino, em particular, poderia se beneficiar substancialmente da adesão ao BRICS. A Argentina possui grandes reservas de gás de xisto, mas enfrenta limitações de recursos para desenvolver plenamente esses campos. A participação no BRICS poderia facilitar o acesso a investimentos necessários para a exploração dessas reservas, reduzindo a necessidade de importação de gás.
Aleksei Ivanov, diretor do Centro Internacional de Direito da Concorrência e Política do BRICS na Escola Superior de Economia russa, observou que o BRICS oferece uma plataforma mais flexível e inclusiva em comparação com instituições como o Banco Mundial e o FMI. Para países como a Argentina, a adesão ao bloco representa uma oportunidade única de colaboração e desenvolvimento.
Atualmente, o BRICS é composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Recentemente, o bloco convidou oficialmente a Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã a se juntarem, com a previsão de que a adesão plena desses países ocorra em 1º de janeiro de 2024. A decisão da Argentina de não participar, portanto, pode representar uma perda significativa de oportunidades econômicas e estratégicas para o país.
Com informações de Sputnik Brasil
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