Aloysio Nunes sai do PSDB e critica aliança com bolsonarismo

Portal Plantão Brasil
13/6/2024 15:59

Aloysio Nunes sai do PSDB e critica aliança com bolsonarismo

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O ex-ministro Aloysio Nunes formalizou nesta quinta-feira, 13, seu pedido de desfiliação do PSDB, após mais de 25 anos no partido. Esta saída simboliza o processo de desintegração de uma legenda que, até 2014, estava acostumada a disputar o segundo turno das eleições presidenciais.

Em entrevista à CartaCapital, Nunes mencionou divergências acumuladas com a linha adotada pelo PSDB nos últimos anos, criticando o partido por se tornar uma "linha auxiliar do bolsonarismo". Ele também desaprovou a escolha de José Luiz Datena como pré-candidato à prefeitura de São Paulo.

Nunes possui um vasto currículo, tendo sido vice-governador paulista, deputado, senador, ministro da Justiça e chanceler. Em 2022, ele apoiou Lula (PT) contra Jair Bolsonaro (PL) já no primeiro turno, enquanto o PSDB se aliou a Simone Tebet (MDB) e se manteve neutro no segundo turno.

Atualmente, Aloysio Nunes trabalha no escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a ApexBrasil, em Bruxelas, na Bélgica.

“A análise que o PSDB e suas lideranças fazem da situação política, posicionando-se como equidistante entre ’dois extremos’, parece um álibi para esconder o alinhamento à direita, até mesmo como linha auxiliar do bolsonarismo”, criticou. “O governo Lula não é extremista. Pelo contrário, é um governo de centro-esquerda.”

Para Nunes, afirmar que Lula é equivalente ao "extremo fascistóide de Bolsonaro" é um subterfúgio para esconder uma posição oportunista de direita.

“Nos aproximamos perigosamente da direita no impeachment de Dilma, de tal modo que nosso eleitorado, ao surgir uma opção de direita forte, correu para ela e o PSDB ficou isolado.”

Com experiência na política paulista, Aloysio Nunes comparou a escolha do PSDB por Datena à tentativa do PFL de lançar Silvio Santos à Presidência em 1989 ou à articulação para emplacar Luciano Huck em 2022. Ele defendia o apoio à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

“É ir atrás de celebridades midiáticas para esconder a miséria política”, resumiu. “Quer uma candidatura própria? Muito bem, mas escolha alguém minimamente vinculado ao campo democrático em que o PSDB sempre esteve. Datena é uma celebridade, não um político.”

Entre os nomes que poderiam ocupar esse espaço, segundo Nunes, estão o ex-deputado José Aníbal e o ex-ministro Andrea Matarazzo. “Escolher Datena é uma jogada oportunista que será desmascarada, pois duvido que ele persista como candidato.”

Com informações de Carta Capital

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