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A Procuradoria-Geral da República (PGR) está analisando uma representação protocolada por Cristiano Ribeiro, ex-servidor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), contra o deputado Alexandre Ramagem (PL). Ribeiro, demitido após um procedimento administrativo disciplinar (PAD) instaurado na gestão de Ramagem, acusa o parlamentar de denunciação caluniosa.
Ribeiro alega que teve crises psiquiátricas e desenvolveu doenças mentais após perder o emprego, e afirma que o PAD foi aberto com base em um “documento falso” supostamente produzido a mando de Ramagem, quando este chefiava a Abin.
Ribeiro foi demitido em fevereiro deste ano, acusado pela corregedoria da Abin de vazar informações para uma reportagem do site Intercept Brasil sobre a existência de uma suposta “Abin paralela” no governo Bolsonaro. Essa matéria resultou na abertura de um inquérito no STF, que investiga as ações tanto do ex-presidente quanto de Ramagem.
Ribeiro nega ter vazado as informações, que incluíam um organograma com cargos e funções de servidores da agência. Após a demissão, foi inocentado na esfera judicial, uma vez que a perícia da Polícia Federal concluiu ser impossível identificar o responsável pelo envio do arquivo. Ribeiro afirma que, devido às ações tomadas pela Abin, desenvolveu uma série de doenças psiquiátricas, conforme atestados médicos anexados ao processo.
No dia 4 de junho, o gabinete do procurador-geral da República, Paulo Gonet, encaminhou a representação para a análise da assessoria jurídica criminal no Supremo Tribunal Federal. A partir deste parecer, Gonet decidirá se oferecerá ou não denúncia contra Ramagem ao STF.
Alexandre Ramagem é pré-candidato do PL à Prefeitura do Rio de Janeiro. As pesquisas indicam que ele é a maior ameaça à candidatura de reeleição do prefeito Eduardo Paes (PSD), aliado de Lula. O pleito municipal deve ter um forte contorno de polarização nacional.
Com informações do Metrópoles
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