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As novas sanções dos Estados Unidos contra a Rússia visam evitar o avanço dos BRICS e a adesão de novas potências emergentes ao grupo, defendeu Ernesto Wong, diretor do Centro de Estudos de Economia, Relações Internacionais e Geopolítica da Universidade Bolivariana da Venezuela (UBV). "Estas medidas coercitivas ilegais, porque não estão amparadas no direito internacional público, estão direcionadas para tentar evitar o avanço do BRICS", disse.
Até o ano passado, o grupo era formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A partir de 2024, o BRICS ganhou novos membros: Egito, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Na última semana, Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) do BRICS, demonstrou a discrepância econômica entre BRICS e G7, apontando que os países do BRICS agora representam 31,5% do PIB global, ultrapassando o G7, que detém 30,8%. "Essa discrepância deve aumentar ainda mais, com o FMI prevendo que, em 2028, os países do G7 cairão para 27% do PIB global, enquanto a participação do BRICS será de aproximadamente 37%", declarou Dilma.
O governo de Joe Biden anunciou novas sanções na última quarta-feira (12), afetando mais de 300 empresas e dezenas de indivíduos na Rússia, além de países como China, Turquia e Emirados Árabes Unidos. Entre as entidades sancionadas estão as empresas Arktik SPG 1 e Arktik SPG 3, além da principal companhia de seguros russa, Sogaz, e Gazprom Invest.
Para Wong, os EUA buscam frear a "ofensiva do Sul Global, juntamente com Rússia e China, porque atuam para eliminar o dólar e tentar obter avanços significativos" a quatro meses da cúpula dos BRICS, que vai acontecer na cidade russa de Kazan. Ele destacou que a Rússia lidera o debate sobre a desdolarização das relações comerciais com países como Cuba, Nicarágua, Venezuela e membros do BRICS, para introduzir plataformas de pagamento alternativas.
Com informações da Sputnik
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