Tony Garcia revela esquema de Moro para chantagear Bolsonaro com Abin

Portal Plantão Brasil
12/7/2024 10:57

Tony Garcia revela esquema de Moro para chantagear Bolsonaro com Abin

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Tony Garcia, ex-deputado estadual e empresário, acusa Sergio Moro (União-PR) de ter utilizado a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para "serviços clandestinos" durante seu período como ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro. Garcia, que alega ter sido um "agente infiltrado" de Moro quando ele era juiz em Curitiba, entregou documentos ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 2023, revelando supostas investigações ilegais de Moro sobre desembargadores, juízes e ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Garcia conhece os "podres" de Moro e afirma que o ex-juiz, ao ocupar o cargo de ministro da Justiça, ordenou a investigação clandestina do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) com o objetivo de chantagear Jair Bolsonaro para garantir uma indicação ao STF. Segundo ele, Moro também teria utilizado a Abin para investigar ministros do STF que combatiam a Lava Jato.

Nesta sexta-feira (12), em meio à repercussão do caso da ’Abin Paralela’, Tony Garcia decidiu expor novamente Sergio Moro. Ele afirma que, em 2020, alertou um deputado federal próximo a Bolsonaro sobre as atividades ilegais de Moro. Esse deputado teria informado o então presidente, o que resultou no processo de demissão de Moro. O ex-juiz deixou o governo Bolsonaro em abril de 2020, alegando interferência do presidente na Polícia Federal.

Garcia declarou: "Eu alertei um amigo deputado federal próximo do ex-presidente, que Moro estava usando todo o aparato estatal para levantar a vida da família do presidente na intenção de chantageá-lo caso não o indicasse ao STF. Esse deputado levou ao conhecimento do ex-presidente o que denunciei, a partir daí, a relação com Moro azedou e Bolsonaro o pressionou até ele sair pela porta dos fundos."



Entenda o caso da ’Abin paralela’

A Polícia Federal investiga a chamada "Abin Paralela", um esquema de espionagem ilegal e monitoramento político durante o governo Bolsonaro. As investigações começaram em 2023 e revelaram que a Abin usou um software espião chamado First Mile para monitorar ilegalmente políticos, ministros do STF e outras figuras públicas.

A Abin teria sido utilizada para proteger aliados do governo Bolsonaro e monitorar adversários políticos. Entre os monitorados estavam Rodrigo Maia, Joice Hasselmann e os ministros do STF, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. A promotora do caso Marielle Franco também foi alvo de monitoramento ilegal.

Dois agentes da Abin foram presos e cinco dirigentes da agência foram afastados. Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin e próximo da família Bolsonaro, é um dos principais investigados. A investigação revelou mais de 60 mil consultas feitas pelo software First Mile, muitas delas durante o período eleitoral de 2020, levantando suspeitas sobre o uso da Abin para influenciar processos políticos e eleitorais.

Com informações da Fórum

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