298 visitas - Fonte: Plantão Brasil
O jornal britânico The Guardian anunciou nesta quarta-feira que deixará de publicar conteúdo na plataforma X, antiga Twitter, devido ao aumento de “conteúdo perturbador”, incluindo racismo e teorias da conspiração. Com 10,7 milhões de seguidores, o veículo se torna a primeira grande mídia do Reino Unido a abandonar a rede social desde que Elon Musk a adquiriu em 2022.
Segundo editorial publicado em seu site, o jornal afirmou que a decisão foi tomada após constatar que os benefícios de estar na plataforma são superados pelos impactos negativos. “Temos considerado isso há algum tempo, devido ao conteúdo frequentemente perturbador promovido ou encontrado na plataforma, incluindo racismo e teorias da conspiração de extrema direita”, explicou o Guardian.
Críticos acusam Musk de adotar uma postura de não regulação que facilitou a disseminação de discursos de ódio e fake news no X. Em resposta à decisão do Guardian, Musk ironizou, chamando o jornal de "irrelevante". Apesar disso, a saída do veículo reflete um movimento crescente no Reino Unido, onde instituições de caridade, saúde e educação também suspenderam suas atividades na plataforma.
A polêmica em torno do X se intensificou este ano no Reino Unido após episódios de violência racista motivados por fake news divulgadas na plataforma. O caso mais grave envolveu a cidade de Southport, onde publicações falsas alegaram que um imigrante islâmico estava por trás do assassinato de três meninas, provocando uma onda de ódio.
Enquanto o governo britânico continua utilizando o X para comunicações não pagas, várias forças policiais locais já interromperam suas publicações na rede. Em contraste, outras redes sociais como Instagram e Facebook, da Meta, seguem sendo utilizadas para campanhas publicitárias.
A decisão do Guardian destaca a crescente preocupação com o impacto das redes sociais no discurso público e reforça a necessidade de plataformas mais seguras e reguladas. O jornal opta por priorizar a promoção de seu jornalismo em espaços onde a ética e a responsabilidade sejam valorizadas.
Com informações do Brasil 247
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