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Por Fernando Brito, editor do Tijolaço
O Globo divulga agora à noite que, na sua delação, o doleiro Lúcio Funaro confirma que havia pagamento de propina a Michel Temer pelos contratos de construção da usina de Angra 3.
O doleiro, chamado gentilmente pelo jornal de “corretor” listou “quatro pessoas como operadores do presidente: José Yunes, seu ex- assessor, Wagner Rossi, ex-ministro da Agricultura, Marcelo Azeredo e o coronel João Batista Lima Filho. De acordo com o relato, Yunes seria o principal intermediário e usava a empresa de Lima, a Argeplan, para lavar os ganhos indevidos com o contrato de Angra 3”.
A delação é, afinal, o que todos já sabiam.
Como é que uma empresa à qual Lima se associa, de repente, num passe de mágica, se associa a uma multinacional para tocar obras de grande complexidade?
Aliás, é inacreditável como este personagem, de ligações históricas com Temer tenha ficado, até agora ao menos, fora da linha de frente das investigações.
Ele e Yunes são as máquinas de lavar da área de serviço de Temer.
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